Na segunda incursão por lugares especiais de Madrid, vamos falar do Zoo Aquarium. Em família, a dois ou entre amigos, este é o local ideal para quem pretende fugir, nem que seja por algumas horas, ao ritmo frenético de uma grande cidade europeia. Não faltam razões para explorar e desfrutar de uma estrutura que reúne zoológico, aquário, delfinário e aviário.
A história do Zoo de Madrid remonta a 1770. Foi nesse ano que o rei Carlos III fundou a “Casa de las Fieras”, que exibia animais capturados nas colónias americanas, embora também acolhesse exemplares europeus, africanos e asiáticos. Mais tarde, em 1972, o recinto reabriu na Casa de Campo, parque natural de 1800 hectares, o principal pulmão verde de Madrid.
Projectada em 1560 por Filipe II, que também foi rei de Portugal, para ser uma zona de caça, a Casa de Campo tornou-se parque público em 1931. Aquele terreno é hoje é uma das maiores atrações madrilenas e inclui, além do zoológico, um parque de diversões, um lago artificial e o teleférico da cidade, cuja travessia permite uma privilegiada vista panorâmica para a cidade.
Para quem preferir os transportes públicos e vier do centro da cidade, o metro e o autocarro são excelentes opções para visitar o Zoo Aquarium. As estações mais próximas ficam apenas a 10 minutos a pé. O teleférico também é uma possibilidade, mas só para apreciadores da natureza, pois o trajeto implica depois uma caminhada de 30 minutos até ao recinto.
Logo à entrada do jardim zoológico, uma surpresa. Ao contrário do que acontece noutros espaços do género, onde não é permitido alimentar os animais, os visitantes têm a possibilidade de o fazer se comprarem no local a comida apropriada para a alimentação de algumas aves e ursos.
A partir daqui, começa o périplo por uma vasta amostra de fauna e flora. São mais de 500 espécies e cerca de 6.000 animais. Mas antes, é preciso ter o cuidado de adquirir um mapa do parque para não nos perdermos no meio de tanta bicharada. É que o mapa não está incluído no preço do bilhete (22,25€) e custa 0,60€.
Ultrapassada a questão anterior, a primeira impressão que salta à vista é a proximidade dos animais, sem que isso traga problemas de segurança. É uma agradável sensação, que tem um efeito hipnótico nas crianças, extremamente atentas a tudo. E os pais, de guia na mão, vão alimentando a curiosidade dos filhos.
Os habitantes do zoo estão distribuídos pelos continentes de origem. Não faltam leões, tigres, gorilas, girafas, águias, zebras, golfinhos, leões-marinhos ou tubarões, mas numa cidade que tem o urso como símbolo, esta espécie tinha de ser uma das apostas. Os pandas são as estrelas da companhia e têm multidões a observá-los. Mas também os ursos pardos, malaios, negros e tibetanos são protagonistas, divertindo o público que lhes atira comida.
Estamos habituados a encontrar animais exóticos e selvagens num zoológico. Eles estão no Zoo Aquarium, mas partilham o espaço com espécies mais familiares, que poderíamos ver numa quinta, como galinhas, porcos, ovelhas, cabras, patos, burros e cavalos. A decisão faz todo o sentido e o conceito resulta. Nos grandes centros urbanos, muitas crianças e adultos nunca viram, ao vivo, alguns animais domésticos e ali até têm a possibilidade de lhes tocar.
Neste parque existe um delfinário com capacidade para 3.000 pessoas, onde se fazem espetáculos com golfinhos e leões-marinhos. Poucos metros ao lado, encontra-se o Aquarium, um edifício com quase dois milhões de litros de água e 35 aquários onde se podem ver mais de 200 espécies marinhas. E há ainda o aviário, no qual está uma grande quantidade de aves exóticas e de rapina, que podem ser observadas em cativeiro ou sessões de voos livres.
O Zoo Aquarium de Madrid é um local para se apreciar com tempo. Exige horas para ser explorado de uma ponta a outra, mas revela-se, sem dúvida, um programa bem passado. Tão perto de uma vida cosmopolita intensa, onde abundam as atrações, este é um espaço bem tratado e agradável, em que a natureza se consegue tornar o centro de todas as atenções.
Zoo Aquarium de Madrid
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