Tive a sorte de estar uns dias a conhecer Budapeste, capital da Hungria. Respira-se um ambiente cosmopolita que não se confunde com opulência. Os húngaros parecem constituir um povo sóbrio, orgulhoso, com uma classe média culta e profundamente embrenhada nas suas fortes tradições ligadas à música clássica. Apreciam arte e prova disso é uma excelente exposição de Cézanne que ainda decorre na capital, mais precisamente no Museum of Fine Arts.
Fiquei instalado em Buda e visitei com frequência o lado Peste, que ao contrário do que o nome possa indiciar é a margem mais interessante da cidade. É onde estão as ruas mais comerciais, os cafés e restaurantes mais peculiares, os museus, a câmara municipal e a Basílica de St. Stephen. Foi neste último monumento, de linhas arquiteturais neoclássicas e que só foi terminado em 1905, após mais de meio século de construção e percalços, que assisti a um dos mais belos concertos de música clássica protagonizado pelos alunos da Liszt Academy.
Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento.
Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.
Bertolt Brecht
Perspetiva do Danúbio a partir da Ponte das Correntes. Buda do lado esquerdo e Peste do lado direito |
O lado Peste do Danúbio na capital húngara. As margens só foram ligadas no século XIX |
Széchenyi Lánchíd (Ponte das Correntes) é uma ponte pênsil de 375 mts de extensão e foi inaugurada em 1849 |
Basílica St. Stephen, em Budapeste |
0 comentários:
Enviar um comentário