A LivingBetweenMedia, a primeira empresa em Portugal especializada em Educação para os Media, foi convidada pelo GMCS a integrar o evento. E foi precisamente no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, 3 de maio, que cerca de 50 crianças do 3.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Centro Escolar Louro/Mouquim, do concelho de Vila Nova de Famalicão, participaram na Oficina de Jornalismo para Crianças. Trata-se de um projeto de literacia mediática e financeira, com caraterísticas únicas em Portugal, que ensina como funciona a televisão, a rádio, a imprensa e a Internet.
Por via de atividades lúdicas e pedagógicas, os participantes aprenderam como se produzem as notícias, porque existe a publicidade, qual o significado da palavra crise e compreenderam porque é que tudo isso acaba por estar também relacionado com o orçamento familiar.
Veja aqui a notícia sobre o evento que os alunos escreveram:
“No dia 3 de maio, sexta-feira, os alunos do 3.º ano da EB de Louro/Mouquim partiram da escola às 6:30h da manhã para participarem numa oficina de jornalismo, no Palácio Foz, em Lisboa.
Os alunos foram recebidos por uma jornalista chamada Marta que lhes explicou o funcionamento da oficina e como é o trabalho que se faz na televisão, na rádio e nos jornais.
Depois, fizeram uma atividade, em grupo, para cada um destes meios de comunicação. No “Recreio da Hora”, os alunos jogavam ao “faz de conta” e aprendiam como se trabalhava num estúdio de televisão, como se fazem as entrevistas e como os jornais chegam aos quiosques onde as pessoas os podem comprar. Todos os equipamentos usados eram feitos de cartão: máquinas de filmar, microfones, carros, mesas de som, computadores, teleponto, etc. Para cada atividade, havia um Kit com objetos diferentes.
A jornalista fez várias perguntas aos alunos para ver se sabiam alguma coisa sobre jornalismo e sobre publicidade.
Com estas atividades e com tudo o que a jornalista explicou, os alunos ficaram a conhecer o trabalho dos jornalistas e a saber mais sobre como funcionam os meios de comunicação. Aprenderam que são precisas muitas pessoas, que não se veem, para fazer um programa de televisão ou de rádio. Aprenderam também o que é um pivot, um locutor, a manchete de um jornal, a diferença entre uma notícia e uma reportagem, um direto e o que é em off.
Os alunos gostaram muito desta visita de estudo porque foi muito interessante e divertida.”
Já no que diz respeito aos seniores, foi dinamizado um workshop sobre “Os Media e a Construção da Realidade”, que contou com a presença de um grupo do espaço
Viva Vitae. Ao perceberem o jornalismo do século XXI, o funcionamento dos programas de entretenimento, a origem das telenovelas e dos filmes, os
participantes puderam levantar várias questões e esclarecer algumas dúvidas pertinentes: “Porque existem mais notícias más do que boas?”; “O jornalismo da imprensa cor de rosa é considerado jornalismo?”; “E quais as fronteiras éticas entre o que é informação e o que é publicidade?”, foram questões que suscitaram elevado interesse e participação dos presentes.
O debate de ideias foi intenso e abordou ainda assuntos relacionados com influência da presença de figuras públicas na publicidade e as novas formas de financiamento, via chamadas que prometem prémios em dinheiro, utilizadas pelos órgãos de comunicação social.
Salientando que existem direitos e deveres, tanto da parte dos media como do lado de quem consome os seus conteúdos, o workshop terminou com a frase de John Gunther: “A sociedade que aceita qualquer jornalismo, não merece melhor jornalismo”.
Ao longo desta semana, a jornada "7 dias com os Media" contou com várias atividades organizadas por escolas, universidades, bibliotecas, autarquias, associações, paróquias e os próprios media.