Entrevista com Pedro Barbosa, autor do livro "Harvard Trends 2013"

Docente universitário aponta alguns dos principais desafios atuais que as empresas têm de enfrentar ao nível da gestão e do marketing

O SIM é um espaço online de perspetivas, partilhas, entrevistas e informações inspiradoras

Este é um blogue da LivingBetweenMedia e move-nos a vontade de ver as coisas por um ângulo diferente!

Somos aquilo que lemos? É possível ganhar novas competências na leitura?

Saber escolher as fontes e interpretá-las corretamente é uma competência fundamental numa sociedade onde a informação é aparentemente excedentária

As redes sociais são um desafio para as empresas

Aprender a gerir a presença nas redes sociais é fundamental. A potência viral destas redes funciona para o bem e para o mal

Educar para os media é abrir o olho para o mundo real

No mundo global, um cidadão que saiba interpretar o papel dos media é mais competente em qualquer profissão. A LivingBetweenMedia partilha essa visão

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Marcador: O Monge e o Executivo

Nem todos nascem para ser líderes, mas é sempre possível melhorar as capacidades de liderança. É algo que se trabalha e que beneficia as relações familiares, pessoais e profissionais. E no mundo dos negócios, esta componente assume particular importância na obtenção do sucesso. Através de uma história inspiradora, esta obra partilha alguns segredos que definem o espírito de equipa e liderança.

O Livro: Se está cansado de livros que discursam em vez de ensinar, se procura formas de melhorar as suas capacidades enquanto líder, e se quer compreender as verdadeiras máximas que levam ao sucesso, então este livro encerra em si tudo o que procura. Leonard Hoffman, um famoso empresário que abandonou a sua brilhante carreira para se tornar monge num mosteiro beneditino, é o personagem central desta história envolvente, criada por James C. Hunter para ensinar de forma clara e agradável os princípios fundamentais seguidos pelos verdadeiros líderes.

Se sente dificuldades em fazer com que a sua equipa consiga extrair o maior rendimento possível do seu trabalho e se gostaria de se relacionar melhor com a sua família e com os seus amigos, vai encontrar neste livro personagens, ideias e discussões que vão abrir novos horizontes na sua forma de lidar com os outros. É impossível ler este livro sem sair transformado. "O Monge e o Executivo" é, sobretudo, uma lição sobre como se tornar uma pessoa melhor.

O Autor: James C. Hunter é o autor de dois bestsellers internacionais: "The Servant - O Monge e o Executivo" e "The World’s Most Powerful Leadership Principle - How to Become a Servant Leader". Os seus livros são usados em diversos MBA e outros programas curriculares e já foram traduzidos para 20 línguas, tendo vendido em todo o mundo mais de quatro milhões de cópias.

O autor tem discursado perante inúmeras audiências sobre a liderança através do serviço, e já instruiu milhares de executivos no que diz respeito ao desenvolvimento destas características. De entre a carteira de clientes do autor, incluem-se organizações como a American Express, a Best Buy, a McDonald’s, a Microsoft, a Nestlé e a Procter & Gamble, além do Exército, da Marinha, da Força Aérea e dos Marines. Vive no Michigan com a mulher e a filha.

Título: O Monge e o Executivo - Uma História Sobre a Essência da Liderança
Editora: Marcador
Lançamento: Junho / 2013
Género: Desenvolvimento Pessoal
N.º de Páginas: 208
Preço: 15,00€

terça-feira, 11 de junho de 2013

Os seus guardanapos surpreendem a Renova?

Ciente de que não vende apenas papel, a Renova acaba de lançar um serviço online que permite ao cliente personalizar guardanapos. Em troca de 12,30€, a marca assume o compromisso de produzir e entregar a encomenda, para qualquer parte do mundo, em 24 horas. 

Made by You é o nome da aplicação que, de forma simples, permite que qualquer pessoa possa compor e imprimir um maço de guardanapos, usando imagens diferentes em cada um deles. A chancela portuguesa quer, assim, fazer parte do momentos marcantes dos seus consumidores, estejam eles onde estiverem.

Personalizar o aniversário dos filhos com as fotos de todos os amigos nos guardanapos, organizar um jantar de colegas de curso com o nome de cada participante, ou ter no evento da sua empresa guardanapos impressos com o tema do encontro, são algumas das sugestões da marca.

Com este serviço, a Renova que "ser ela própria surpreendida pelos cidadãos utilizadores e estar com eles nos momentos marcantes das suas vidas, garantindo-lhes no seu quotidiano diferenciação e exclusividade", refere a marca através de comunicado. 


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Bertrand Editora: O Otimista Racional

Numa altura em que o ciclo económico faz aumentar as correntes de pessimismo, também há quem pense o contrário e argumente que vivemos num mundo cada vez melhor. Tudo se deve, entre outras coisas, à capacidade de inovação e criação de valor do ser humano, e pela melhoria geral dos padrões de vida em todos os continentes, mesmo os mais pobres.

Matt Ridley, jornalista e investigador na área da evolução do comportamento humano, escreve em "O Otimista Racional" um ensaio onde projeta as suas ideias sobre o progresso da humanidade e de que modo estamos no bom caminho para atingir níveis de bem-estar ainda maiores. Sem omitir as coisas más que nos vão acontecendo, o autor nega uma visão catastrófica e encontra uma série de razões para estarmos otimistas, de forma crítica e racional.

O Livro: O mundo está cada vez melhor. O acesso generalizado a alimentos, rendimentos e o aumento da esperança de vida alcançaram níveis muito elevados. As doenças, a mortalidade infantil e a violência caíram de forma acentuada. Embora o mundo esteja longe de ser perfeito, tanto a satisfação das necessidades como os luxos são mais acessíveis; o aumento da população é mais lento; a África, depois da Ásia, está a sair da pobreza; as novas tecnologias enriqueceram acentuadamente o nosso dia a dia.

Os pessimistas, que dominam a opinião pública, estimam que em breve alcançaremos um ponto de não retorno e de inflexão que assinalará o o final dos nossos melhores dias. Contudo, é um aviso que tem mais de 200 anos. Matt Ridley explica como as coisas estão a melhorar e porquê. A prosperidade vem do trabalho de todos para todos.

A tendência para o intercâmbio e para a especialização, iniciada há mais de cem anos, forjou uma mentalidade coletiva que eleva os nossos padrões de vida. O autor parte de uma retrospetiva da história da humanidade e conclui que, graças à ilimitada capacidade de inovação do ser humano, o sec. XXI registará progressos, tanto materiais como ao nível da biodiversidade.

O Autor: Matt Ridley licenciou-se em Oxford onde também desenvolveu investigação sobre a evolução do comportamento. Foi editor de ciência, correspondente em Washington e editor americano da revista "The Economist". Os seus livros já venderam mais de meio milhão de cópias e está traduzido para mais de 25 idiomas. Foi nomeado para seis prémios literários e em 2004, ganhou o National Book Award. Em 2007 ganhou o prémio de Matt Davis. É casado com a neurocientista Anya Hurlbert.

Título: O Otismista Racional
Editora: Bertrand Editora
Lançamento: Maio / 2013
Género: Ensaio
N.º de Páginas: 582
Preço: 19,90€


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Empresários e desempregados partilham experiências

Cinco gestores de empresas vão explicar a estudantes e desempregados o que mais valorizam na hora de contratar, quais as principais características que apreciam num colaborador e que variáveis levam ao sucesso empresarial. Filipe Vila Nova (Salsa), Miguel Peixoto de Oliveira (Edigma), Manuel de Oliveira Marques (Hospitais Senhor do Bonfim), Manuel Ramos (Mabera) e Vasco Figueira (Kung Portuguesa) vão liderar um workshop onde partilharão, frente a frente, experiências e conhecimentos com desempregados, empreendedores, estudantes e recém-licenciados à procura do primeiro emprego. 

Se estivesse à procura do primeiro emprego, desempregado ou mesmo com vontade de ser empreendedor e tivesse a possibilidade de estar frente a frente com CEO’s de empresas de diferentes sectores, o que lhes perguntaria? É essa oportunidade que a Faculdade de Ciências da Economia e da Empresa da Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão proporciona esta quinta-feira, dia 6 de junho. 

Integrado na V Edição das Jornadas da Economia & Empresa, organizada por aquela instituição de ensino em parceria com a LivingBetweenMedia, sob o lema “O Talento és Tu!”, o workshop realiza-se na Casa do Território, localizada no Parque da Devesa de Vila Nova de Famalicão. 

Numa altura em que o país atinge números preocupantes de desemprego, a Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão quer aproximar o meio académico ao tecido empresarial e contribuir para a preparação da entrada dos desempregados no mercado de trabalho. Para isso, alguns jovens terão a possibilidade de contactar diretamente com empresários da região e receber os seus conselhos. 

A sessão de trabalho contará com uma mão cheia de empresários da região que aceitaram o desafio de contactar “in loco” com alunos da Universidade Lusíada e de algumas escolas secundárias do concelho, bem como com alguns desempregados indicados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, que é parceiro desta iniciativa. Miguel Peixoto de Oliveira (Edigma), Manuel de Oliveira Marques (Hospitais Senhor do Bonfim), Vasco Figueira (Kung Portuguesa), Filipe Vila Nova (Salsa) e Manuel Ramos (Mabera) serão os gestores presentes no local para partilhar experiências. 

“A ideia passa por permitir que futuros profissionais, atuais profissionais no desemprego e empreendedores troquem ideias e impressões sobre a importância do Talento, qual a expectativa das empresas na hora de contratar funcionários, bem como perceber a importância das novas ideias no mercado de trabalho”, refere Elizabeth Real, diretora da Faculdade da Ciências da Economia e da Empresa da Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Swedwood Portugal passará a chamar-se IKEA Indústria

A empresa responsável pelo fabrico de mobiliário que é comercializado pelo IKEA irá mudar de nome a partir do próximo mês de setembro. A filial portuguesa do Grupo Swedwood passará a designar-se IKEA Indústria. Uma confirmação dada pela responsável de recursos humanos da empresa, Nair Barbosa, que fez parte do grupo de oradores da conferência “O Talento és Tu!”, realizada no dia 31 de maio na Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão.

A Swedwood Portugal produz móveis e componentes de madeira para o IKEA, fazendo parte do universo empresarial da multinacional sueca. Ao contrário das lojas IKEA, o negócio das fábricas tem sentido dificuldades de comunicação no nosso país, essencialmente porque o nome (Swedwood), “não foi facilmente recebido pelos portugueses, o que dificulta a identificação e reconhecimento da marca”, afirma Nair Barbosa.

Por essa razão, “a partir de setembro a empresa vai passar a ter a designação de IKEA Indústria”. Uma medida que visa o maior reconhecimento do público português e também do mercado de trabalho, já que a marca quer ser cada vez mais apetecível para os melhores profissionais. 

“Queremos que um lugar na nossa empresa seja sentido como o melhor emprego do mundo”, refere a responsável. A empresa sueca considera que talento é a paixão dedicada ao trabalho e é esse tipo de colaboradores que procura. “É importante para nós conseguirmos captar e reter talento, com o intuito de ter os melhores em cada departamento”.
Nair Barbosa, à direita, foi um dos oradores convidados pela Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão

Nair Barbosa indicou também alguns dos valores partilhados por todos os trabalhadores da (ainda) Swedwood Portugal: “tudo se faz com simplicidade, sem burocracias e formalidades; o empenho das pessoas é muito valorizado; o baixo custo, imagem da marca IKEA, também se transporta para dentro da filosofia e gestão da empresa; e por fim, todos podem contribuir com ideias e empreender”.

Para a responsável, o talento faz a diferença. “Sempre com o foco em criar resultados, a utilização conjunta de cérebro, coração e audácia, por cada um dos trabalhadores, traz grandes benefícios”. Na Swedwood todos os colaboradores são importantes nas decisões tomadas. “Todos são líderes. Temos que ser bons exemplos e ter a capacidade de inspirar os outros colegas. Em complemento, temos de ser capazes de pensar pela nossa cabeça e ser críticos. Com o contributo de todos, felicidade e motivação no trabalho é possível melhorar”, concluiu.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Low-Cost.Come: O fermento de um negócio em expansão

O cenário económico em que vivemos abriu a porta a novos negócios. São os filhos da crise, que promovem ofertas mais acessíveis e permitem poupanças aos consumidores. Assim acontece com a Low-Cost.Come, marca de restauração de baixo custo que está a registar um crescimento galopante. O mentor do negócio esteve presente na Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão, a propósito das V Jornadas da Economia e da Empresa desta instituição de ensino.

Com uma pastelaria falida nas mãos, Paulo Costa, padeiro e empresário de Oliveira de Azeméis sentiu que tinha de mudar a estratégia. O estabelecimento estava em dificuldades e, se nada fizesse entretanto, dificilmente poderia manter os 15 funcionários. Estávamos em setembro de 2011 e foi aí que nasceu a Low-Cost.Come. Hoje conta com 38 trabalhadores.

A ideia não podia ser mais simples: vender pão mais barato. A juntar a isto, todo o negócio se focou num modelo de restauração de baixo custo, com maior simplicidade na oferta, menos acessórios e preços mais baixos. Os clientes gostaram do conceito, a loja começou a encher e a ser falada, sendo que o aparecimento nos media deu o empurrão certo para a marca.

“A exposição mediática foi um fermento fantástico. Até para uma televisão da Coreia do Sul falei! Poucas horas depois da primeira entrevista começaram a chover emails e telefonemas com pedidos de informação. Todas as notícias que saíram ajudaram a captar investidores interessados. E assim, uma pequena empresa de Oliveira de Azeméis, tornou-se uma marca nacional com presença em várias cidades”, contou Paulo Costa.

Com a implementação de uma rede de franchising, a Low-Cost.Come conta atualmente com 16 lojas a funcionar no país. E a expansão vai continuar. “Em breve, o número de franchisados irá aumentar para 35. As próximas aberturas serão em Benfica, no Funchal, em Setúbal e no centro de Lisboa”, revelou o empresário que se congratula por a sua marca “já ter gerado um volume de investimento em Portugal na ordem dos 7,5 milhões de euros”, valor que aumentará, dado que espera fechar mais 50 contratos nos próximos meses. 


Questionado sobre a importância do talento no êxito do seu negócio, o empresário não tem dúvidas. “Ou somos competentes ou não. Só estando felizes e trabalhando muito é que ficamos motivados para fazer as coisas acontecerem. Só desta forma nos vai ser possível chegar ao final do ano com uma faturação de um milhão de euros”, explicou.

Cada loja da marca produz perto de 6000 pães por dia. Por isso, a produtividade é uma exigência para Paulo Costa. “Para os nossos padeiros garantirem essa produção têm de ter talento, caso contrário será sinal ‘tá lento’ e não cumpre os objetivos”. 

Todos os promotores dos franchisados do Low-Cost.Come têm formação superior. “Mesmo que não sejam da área da padaria ou pastelaria, queremos que sejam pessoas licenciadas, com vontade de trabalhar e aprender”, diz. Cada franchisado tira ainda partido da central de compras que a marca possui, que garante preços mais baratos junto de fornecedores. “À medida que crescemos, criámos economia de escala e ganhámos poder negocial. E agora são as principais marcas que nos procuram para estarem incluídas na nossa oferta”, frisou Paulo Costa. 

Formado em Gestão Hoteleira, o empresário está em vias de arrancar com a internacionalização. “Temos recebido contactos e estamos a analisar as possibilidades. Para já, vamos iniciar o processo de registo da marca em países como Espanha, Angola e Moçambique”, referiu.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

“Uma equipa que veste a camisola faz milagres”


Perante uma plateia composta por empresários, estudantes e docentes universitários, bem como alguns fãs à mistura, o cantor Tony Carreira visitou no dia 31 de maio, sexta-feira, a Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão para falar sobre a importância da gestão do talento. Uma conversa, em formato de entrevista ao vivo, onde falou sobre a sua profissão e o atual estado do país.

Para o músico, o talento é importante mas é necessário trabalhar muito para ter êxito. “O talento é uma coisa que se sente, nos dá força e na qual temos de acreditar. Comecei a cantar aos 16 anos e o primeiro sucesso discográfico surgiu aos 30. Foi um período que me deu uma bagagem de resistência e saber muito importante”, explicou.

Fazendo “aquilo de que se gosta”, o talento pode ser exponenciado, mas há ainda outras caraterísticas para avaliar na área musical e nos 50 colaboradores que o rodeiam. Questionado sobre o que mais valoriza num colaborar salientou: “para mim, tem de se enquadrar duas vertentes: ser um bom executante de música e ter boa postura nas relações humanas. Sem isto, não se é bom profissional e só se prejudica o grupo”, salienta.

Tony Carreira, enquanto músico e empresário, assume a liderança de toda a estrutura que o acompanha e até analisa currículos de candidaturas que chegam à sua empresa. “Tenho as minhas ideias e faço as coisas como quero. Sou muito exigente com todos, da mesma forma que sou comigo. Sou amigo das pessoas, mas é preciso respeitar o trabalho que se faz. Ninguém faz nada sozinho e uma equipa que veste a camisola faz milagres”.

Ciente de que também é uma marca, que se vende por si mesma no mercado, o cantor não aprecia essa dimensão. “Sei que sou uma marca, mas é algo que me incomoda e não dá prazer. Admiro os marketeers e tenho tirado imensas lições com alguns, mas prefiro passar uma imagem correspondente à paixão com que faço a minha música. No entanto, com a longa carreira que tenho, posso dizer que sou mais uma marca do que um artista de marketing”.

E a exposição mediática, também traz responsabilidades. “Uma figura pública deve ser um exemplo para a sociedade e tem uma dívida de gratidão para com os fãs. Foram precisos 15 anos até eu ser visível. E quando isso acontece, a responsabilidade é muito maior". Tony Carreira dá mesmo um exemplo: Sou fumador mas evito fazê-lo em público. Há que sensibilizar para boas causas e não para maus hábitos”.

Sem talento e sem muito trabalho, nada feito. Tony Carreira entende que é disto que Portugal precisa. “Temos um país maravilhoso, com uma história fantástica. Há que aprender com os erros do passado e apostar em bons profissionais, políticos e gestores”. Além disso, há que valorizar o que é nosso. “Tendemos a apreciar mais o que vem de fora. Isso está errado. Falta-nos defender o que é português. Em Espanha, a filosofia é essa. E a saída desta crise económica também passa por consumir o que é nacional”.

Embora tenha sido emigrante no passado, Tony Carreira entende que esta não é a solução para os jovens portugueses. “Acho grave quando um político aconselha os seus próprios cidadãos a procurar trabalho fora do país. Emigrar é e será sempre um ato de desespero. Só se não existirem condições para trabalhar cá, é que as pessoas devem tomar essa opção”.

O cantou revelou ainda que, nos últimos tempos, tem recebido várias cartas dos fãs com pedidos de ajuda. “São testemunhos de desespero e casos dramáticos. Procuro responder a todos e sensibilizar a sociedade a ser mais solidária. Aprecio muito aqueles que fazem voluntariado e profissões como os bombeiros que deviam ser pagas. O Estado devia estar mais presente para ajudar as pessoas”, concluiu.


6 Perguntas Rápidas 

Dá conselhos aos seus filhos sobre a carreira deles? Nunca. Só se eles me pedirem. Tenho ideias para a minha carreira e não quero que sejam uma imitação de mim. Já existem outros assim. Prefiro que criem a sua própria personalidade. 

Se não fosse a música, qual seria a profissão de sonho? Tenho uma grande paixão pelo futebol. A sensação de jogar em grandes competições e marcar um golo deve ser extraordinária. 

Quem gostaria de entrevistar um dia? José Sócrates ou Miguel Relvas. 

Que concerto não teve oportunidade de assistir? Gostava de ver um concerto ao vivo do Carlos Santana. Comecei a ouvi-lo com 14 anos e ainda gostava de o ver em palco. 

Já teve propostas para participar em cinema? Sim, mas nunca aceitei porque sou um mau ator. Só me arrependi uma vez, porque era uma grande produção. Também já me convidaram para um filme autobiográfico, mas ainda sou muito novo para isso. 

E convites para a política? Já tive, mas não me meto nisso. Sou um profissional de música e estou disponível para cantar onde me contratarem, qualquer que seja o partido. Mas não me verão a dar a cara por um político. Não me acredito nesta classe.